Essa semana realizei
lucro em duas ações da minha carteira. Vou revelá-las aqui sem dar maiores
detalhes sobre os pontos de entrada e de saída. No Artigo "Divulgação
da Carteira" expus os motivos pelos quais eu não divulgaria detalhes
das operações. As ações foram KLBN11 e GGBR4. A carteira atual dispõe de nove
ativos (eram onze). Para minha surpresa, essas duas ações continuam subindo e,
claro, devo ter deixado dinheiro na mesa. Só lembrando que opero na modalidade
de swing trade de curto ou médio prazo e essas ações permaneceram por cerca de
70 dias.
Por que ficamos com
a sensação de que as ações estão esperando somente que você venda para elas
dispararem? Isso ainda nem ocorreu com as ações que citei acima, mas pode vir a
ocorrer e com outras com certeza já ocorreu. Aos adeptos da teoria da conspiração,
seu portfólio estaria sendo monitorado pelos grandes players (eles teriam
acesso a todas as posições em bolsa), saberiam antecipadamente os eventos que
influenciariam positivamente as ações e manipulariam os gráficos até a
resistência mais próxima para a sardinhada vender naquele ponto, para logo em
seguida romper e atingir suas máximas históricas. Parte disso é até verdade e isso acontece também para estopar e violinar os incautos.
De fato, os pequenos
investidores tendem a aceitar os ganhos que o mercado oferece (seriam
migalhas?), realizar nas resistências mais óbvias e pôr o dinheiro no bolso. É
claro que é humanamente impossível comprar no fundo e vender no topo. Você
sempre comprará mais caro do que o mínimo e venderá mais barato do que o
máximo. O gráfico nos dá apenas um norte sobre os pontos em que os compradores
ou vendedores estarão à espreita. Por isso é importante ter alvos previamente
definidos na montagem do trade. Os alvos serão tanto mais altos quanto mais
força demonstrar o mercado. Em um mercado em franca tendência de alta, com
fatores positivos interna e externamente, permite ao investidor aguardar que os
ativos atinjam os pontos mais altos do gráfico e até os superem.
Um dos vieses
comportamentais mais comuns do investidor é a aversão à perda, mas tem um outro
que talvez provoque mais infelicidade: é ter deixado de participar de uma
posição vencedora. Em outras palavras, é ter deixado passar uma grande
oportunidade. E quando a oportunidade já estava à mão e ele faz a leitura que
não vai além daquele ponto de resistência para dias depois ver que estava
errado? Essa talvez doa mais um pouco.
Claro que a venda
foi para evitar um lucro virar pó (o primeiro viés), mas o principal é a perda
da oportunidade de surfar uma supervalorização.
Tem algo
interessante aqui para finalizar essa reflexão: você poderia dizer que o investimento a longo prazo evitaria
isso e faria você permanecer com uma boa posição. Mas como o mercado é cíclico
e essa mesma ação estará corrigindo dias ou semanas depois, esse lucro jamais
seria realizado. É o dilema que todos enfrentam sobre as alternativas e
modalidades a escolher para operar. No meu caso em particular a opção é pelo
curto a médio prazo. E supervalorizações podem ser captadas por sucessivas
reentradas, nas correções.
O mais importante é seguir o sistema que você criou, acredita e que está dando certo. Seja fiel ao inicialmente planejado e você acertará mais do que errará.
O mais importante é seguir o sistema que você criou, acredita e que está dando certo. Seja fiel ao inicialmente planejado e você acertará mais do que errará.
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