
A mais nova integrante da carteira "Economia de Palito" é a empresa WIZ SOLUÇÕES E CORRETAGENS DE SEGUROS (WIZS3). Ela atua na distribuição de serviços financeiros e de seguros por meio de uma plataforma multicanal. Dispõe de uma equipe presencial dentro das agências da Caixa Econômica Federal, oferecendo venda e renovação de seguros, tanto residencial, como para automóveis, seguro de vida e previdência. Atua também por meio de parcerias fora das agências Caixa.
A WIZ abriu seu capital na bolsa em junho de 2015, com o nome de PAR CORRETORA e tícker PARC3, detendo a exclusividade de marketing e venda dos produtos da Caixa Seguradora. A empresa é remunerada pela intermediação de contratos de seguro residenciais, automóveis, vidas e prestamista. Ela não é uma seguradora e, portanto, não se envolve nos riscos intrínsecos da atividade seguradora. Em maio/2017, alterou a sua denominação social para WIZ SOLUÇÕES e passou a ser negociada na bolsa com o tícker WIZS3.
Ainda em 2017, fechou a aquisição da Finanseg, uma empresa especializada na comercialização de produtos de consórcios e outros serviços relacionados. Com isso, ampliou e diversificou os canais de atuação da empresa, expandindo a frente de negócios para os canais externos à rede de distribuição da Caixa, para se reposicionar e diminuir a dependência do contrato de exclusividade com a Caixa.
Na oferta inicial na bolsa de valores, a ação foi inicialmente precificada em valores acima de R$ 12. Em menos de um ano depois atingiu o topo histórico de R$ 21,90. E vem caindo seguidamente, desde que a Caixa anunciou em agosto/2017 que havia decidido encerrar em fevereiro/2021 o acordo operacional que disciplinava o acesso exclusivo da Caixa Seguradora e suas controladas à rede de distribuição da Caixa, com consequências óbvias para a WIZ. Diante desse fato, a ação atingiu seu fundo histórico em dezembro/2018 em valores abaixo de R$ 7.
Importante esclarecer que a WIZ mantém contrato com a Caixa Seguradora e caso essa seja substituída em 2021 por uma outra, a WIZ poderá continuar operando os produtos da Caixa por meio de novos contratos com essa nova seguradora. Devido a sua expertise com a estrutura e os produtos da Caixa, ela teria vantagens para concorrer pela prestação desses serviços. Ademais, com a aquisição da Finanseg e outras parcerias fora da Caixa, a WIZ também atua em outros segmentos e não depende exclusivamente dessa parceria no ambiente Caixa.
Vamos examinar o desempenho da WIZ, olhando para os números. Dados do ótimo OCEANS14.
A receita líquida cresce forte desde 2012, acompanhada pela curva do Lucro Líquido, embora essa tenha inclinação positiva mais discreta.
A Margem Bruta mostra bem estável durante o período analisado. A Margem Ebit mostra crescimento no início da curva para se estabilizar e cair um pouco desde 2016. O ROE oscila mais, atinge pico em 2016 (incríveis 121%) e cai um pouco em 2017 e recupera em 2018, em níveis bem confortáveis.
As curvas de PL e Dívida Líquida inclinam-se para cima e caminham juntas proporcionalmente. Intensifica a partir de 2016 com a aquisição da Finanseg e a correspondente assunção de dívidas para esse fim.
O fluxo de caixa operacional (FCO) cresce constantemente, com leve queda no último período. O Fluxo financeiro, mostra valores negativos em alguns anos, em função do CAPEX (despesas de capital), de gastos com a abertura de capital em 2015, investimentos em aquisições e principalmente distribuição constante de dividendos.
Em termos de valuation, a empresa negocia com P/L abaixo de 7,23 , P/Ebit de 3,90 e EV/EBIT 3,74, no meu entender, muito descontada e uma ótima oportunidade para retornos interessantes.
Em termos de dívida, a empresa apresenta caixa líquido no momento. O retorno em dividendos está em 6,4%. Considerando o último resultado divulgado do 4º trimestre/2018, apresentou crescimento do EBITDA e do Lucro Líquido de, respectivamente, 17,8% e 12,9%, considerado o ano completo. Em 2018, a empresa distribuiu 0,52 por ação. Mantido esse valor e considerando o preço de entrada em R$ 8, o retorno fica em 6,5%. É bem possível que o valor seja maior em função do crescimento do lucro já citado. As margens são de encher os olhos de qualquer investidor. O ROE atual está acima de 100%.
Graficamente, o ativo apresenta uma lateralização em forma de triângulo simétrico, após ter se recuperado de seu fundo histórico em R$ 6,81. Rompida essa formação para cima, situação mais provável, os alvos seriam em 9,50 em curto prazo e R$ 13,50 em médio prazo.
Concluindo, entendo ser uma ótima aquisição para a carteira de médio prazo e o momento parece ser favorável inclusive para os grafistas.
Após essa última entrada, atualizamos a carteira "Economia de Palito" até o momento:
Ativo | Entrada na Carteira | Preço de Entrada | Preço Atual | Var. % | Peso na Carteira | Ganho p/Carteira (%) | |
OIBR4 | 2/8/2019 | 1.45 | 1.69 | 16.55% | 5.00% | 0.83% | |
CIEL3 | 2/14/2019 | 10.98 | 11.36 | 3.46% | 13.50% | 0.47% | |
KROT3 | 2/15/2019 | 11.60 | 11.02 | -5.00% | 13.50% | -0.68% | |
WIZS3 | 2/26/2019 | 8.04 | 8.04 | 0.00% | 13.50% | 0.00% | |
Capital a Alocar (Renda Fixa) | - | - | 0.00% | 54.50% | 0.00% | ||
Carteira | - | - | - | 0.62% | - | 0.62% | |
IBOV | 2/8/2019 | 95,343 | 97,603 | 2.37% | - | - |
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#TMJ
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